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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Balneabilidade: Você gosta de dar uns Tchibuns???

Desde pequena costumo passar o verão frequentando as praias aqui em Santa Catarina e no litoral de outros estados. Adoro o sol, a brisa do mar, cair na água e dar os meus tchibuns, acredito que a grande maioria das pessoas se sente atraída por este contato direto com a natureza, que é tudo de bom. Pessoas viajam grandes distâncias para ter esta oportunidade, mas fique alerta quanto a qualidade da água onde você vai mergulhar para não ter problemas de saúde!!
Para você se sentir tranquilo neste sentido é necessário verificar as placas que devem estar nos balneários informando como está a qualidade da água.
Estas placas mostram os resultados da Pesquisa de Balneabilidade, que analisa e determina se estão próprias ou impróprias para o banho, ou seja, se estão contaminadas ou não por esgoto doméstico. A possível contaminação é verificada através da contagem da bactéria Escherichia coli, presente nas fezes dos animais ectotérmicos (temperatura corporal constante) como nós, se for constatado o número acima do tolerado para esta atividade, o seu tchibum no mar pode colocar sua saúde em risco.

Podem falar o que quiser do Greenpeace, mas jamais que esta ONG não tem criatividade!

É incrível, mas muitos dejetos humanos são lançados em rios que por sua vez desembocam no mar, ou o próprio balneário, que não tem serviço de coleta e tratamento de esgoto, lança tudo na praia, certamente muitos já viram tubulações, fossas abertas na areia das praias, horrível!
No litoral catarinense trabalho de balneabilidade é realizado pela FATMA-Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina, desde 1976 (ano em que nasci), seguindo as normas da resolução do Conama-Conselho Nacional de Meio Ambiente. São realizadas coleta de amostras da água do mar em mais de 180 pontos dos 500 quilômetros da costa catarinense.
A FATMA seleciona esses pontos de tal forma que todo o litoral seja avaliado, concentrando as coletas justamente nos locais mais suscetíveis de poluição - os de maior fluxo de banhistas. As coletas são feitas mensalmente de março a novembro e semanalmente de dezembro a fevereiro - o pico da temporada de Verão.
O ponto é considerado Impróprio para banho quando em 60% dos últimos 5 (cinco) resultados o volume da bactéria Escherichia coli for superior a 800 NMP (Número Mais Provável) por 100 mililitros de água, nas amostras coletadas ou quando, na última amostragem, o valor obtido for superior a 2.000 NMP (Número Mais Provável) por 100 mililitros de água. Quando o resultado obtido é Impróprio, indica que há o risco de contaminação naquele local.
Os órgãos públicos que monitoram a qualidade das águas no litoral brasileiro para o banho, tem a responsabilidade e a determinação legal de divulgar que existe risco, pois água contaminada pode causar doenças como gastroenterite, verminoses, doenças de pele e até doenças mais graves, de veiculação hídrica como hepatite, cólera e febre tifóide, sendo assim, o tchibum dado, pode ter consequências graves.
Por isso fique atento as placas sinalizando a qualidade da água, se mantenha informado sobre a balneabilidade da praia que vai frequentar, no mais, é só alegria!
Daniela Lima

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O que é a CIEA? Você já ouviu falar dela em sua Cidade?

É um colegiado estadual que têm por missão geral propor as diretrizes da Política e do Programa Estadual de Educação Ambiental. É composta por representantes de instituições governamentais e não-governamentais de forma paritária, das esferas estaduais e municipais, do setor ambiental e educacional, do setor empresarial e dos trabalhadores, podendo incluir representantes das Comissões e Conselhos existentes no âmbito estadual (Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Educação, Saúde, Criança e Adolescente, etc). Saiba mais: CIEA's
A CIEA-SC é vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (Decreto nº 3.385/2005), compondo o orgão gestor com a Secretaria de Estado da educação, SED.
A Educação Ambiental sensibiliza as pessoas para a dinâmica ambiental, informando sobre como o meio ambiente funciona, esclarece nossa dependência dos recursos naturais e de como nossas atitudes podem influenciar negativa ou positivamente o ambiente no qual estamos inseridos. Partindo deste princípio, e Educação Ambiental deve capacitar os cidadãos à atuarem de forma ativa na defesa e melhoria da qualidade de vida ambiental do Planeta, sendo assim as CIEA's são extremamente importantes, pois visam melhorar e divulgar projetos de Educação Ambiental, bem como estimular sua prática nos estados e municípios , seja formal ou informal.
Reunião CIEA-SC e CIEA-JLLE

Nesta sexta-feira, dia 18 de setembro de 2009, por entender a importância desta comissão em Joinville, juntamente com o Presidente do IVC-Instituto Viva o Cachoeira e membro titular do CIEA-Jlle Altamir Andrade e sua Suplente do CIEA-Jlle Ieda Aparecida de Matos Elyas, estarei participando da reunião do CIEA-SC em conjunto com o CIEA-JLLE.

Programas e/ou Projetos que o IVC- Instituto Viva o Cachoeira desenvolve:

-Atualização semanal do sítio na internet – http://www.institutocachoeira.org.br/
-Palestras de Conscientização Ambiental .
-Fiscalização e denúncias de crimes ambientais contra o Rio Cachoeira.
-Observação e registro fotográfico de flora e fauna do Rio Cachoeira.
-Registro fotográfico/vídeo de crimes ambientais contra o Rio Cachoeira e hospedagem na internet.
-Registro fotográfico/vídeo de flora e fauna do Rio Cachoeira.
-Divulgação do IVC para a comunidade com entrevistas em diversos programas de rádios de Joinville.
-Treinamento aos sócios para a realização de palestras e entrevistas em rádio.
-Participação em eventos públicos e privados que tenham o tema meio ambiente como temática.
-Formalização documental para o registro como OSCIP.

Conhecer para preservar! Ninguém protege ou cuida de algo que desconhece sua real importância e função, a Educação Ambiental é fundamental para a preservação do Meio Ambiente.

Daniela Lima

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Entrevista no Programa Breakfast Jovem Pan 91.1

Na sexta-feira passada, dia 21/03 dei uma entrevista no Programa Breakfast apresentado pelo radialista Osny Martins que tem grande audiência na Rádio Jovem Pan FM 91.1 de Joinville/SC e região. O objetivo era divulgar a Intervenção Popular comemorativa ao primeiro aniversário do Instituto Viva o Cachoeira do qual faço parte.
Fiquei um pouco nervosa, nunca tinha falado ao vivo em uma rádio, ainda mais com um radialista tão popular, considerei uma grande responsabilidade.
Depois de algumas gaguejadas, fiquei mais a vontade e acho que consegui alcançar meus objetivos, colocando considerações sobre o Rio Cachoeira que deveriam ser esclarecidas, além da divulgação do evento:



Entrevista no Programa Breakfast Jovem Pan 91.1 (Jornal o Vizinho)

- De modo geral, atualmente a população hoje vira as costas para este rio, que parece não ter atrativo, devido ao cheiro e a água escura.

- Joinville conta com aproximadamente 14% de serviço de tratamento e coleta de esgoto, então o restante desemboca diretamente no rio, que a maioria considera morto, por este motivo.

- Mencionei, que o descarte de esgoto no Rio Cachoeira, serve como tapete para encobrir despejo de efluentes tóxicos lançados nele sem tratamento prévio por empresas da região, conforme a denúncia feita pelo IVC, está poluição, não fica presa no rio, pois ele desemboca na Baia Babitonga, onde ocorre pesca, maricultura que serve de alimento, que nós estamos ingerindo e também acaba matando muitas espécies!

- Atualmente cadastratadas pelo IVC existem 50 espécies de animais vertebrados que compõe a fauna associada do Rio Cachoeira, entre répteis, aves e mamíferos, esta pesquisa foi realizada pelo Biólogo Alexandre Grose da Univille, o qual também é associado ao IVC, e ele disse que ainda existem mais espécies avistadas e devem ser acrescentadas a lista que levei ao programa e mostrei para o radialista, afirmando que o Rio NÃO ESTÁ MORTO, ele empolgado narrou algumas espécies no programa.

- Aqui mesmo no blog divulguei fotos que tirei na frente da Prefeitura de Joinville, flagra de uma família de Frango d'água (Gallinula melanops) passeando nas margens do cachoeira, com 2 filhotes, comentei isso também.

Esta realidade não ocorre somente em Joinville, faz parte de todo o Brasil e infelizmente parece que os brasileiros acabaram se acomodando, pouco exigem e cobram o Saneamento Básico e a fiscalização dos efluentes das empresas.

Espero ter feito alguns Joinvileses olhar para o Rio Cachoeira de outra forma, faça o mesmo você pelos rios da sua cidade!

Agradecimentos ao Radialista Osny Martins pelo espaço no programa!

Daniela Lima

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Denúncia de Crime Ambiental feita pelo Instituto Viva o Cachoeira foi Confirmada

Na manhã do dia 4 de agosto o IVC-Instituto Viva o Cachoeira denunciou à Fundação do Meio Ambiente de Joinville (Fundema), o despejo de efluente tóxico lançado no Rio Cachoeira em Joinville/SC, neste mesmo local o Jacaré Fritz que reside a pelo menos 10 anos no rio se aquecia em tal resíduo.
Hoje a Fundema divulgou o laudo de análise da água que apresentou alguns parâmetros acima do permitido pela legislação ambiental vigente (resolução do CONAMA nº 357/2005 e Lei nº 14.675/2009 - Código Estadual do Meio Ambiente).
O documento apontou que o efluente lançado no rio pela empresa têxtil Lepper, polui e prejudica a qualidade da água do Cachoeira.
Foram analisados 11 parâmetros, em três amostras coletadas na saída da estação de tratamento de efluentes, na caixa de passagem da estação e no duto de lançamento no rio.
Destes, destacam-se que sólidos sedimentáveis, nitrogênio total, DBO5 e o pH não atendiam a legislação — disse a Fundema, em nota divulgada hoje pela manhã.
Jacaré estava no meio da água azulada - Foto: Fabrizio Motta

A Lepper ainda não se manifestou sobre o caso e não recebeu o laudo. Por meio da assessoria de imprensa, a empresa disse que só vai falar sobre o caso quando estiver com o documento em mãos.
O presidente da Fundema, Marcos Rodolfo Schoene, explicou que a empresa será notificada e deverá se explicar sobre o caso. A empresa poderá ser multada e ainda sofrer uma ação por crime ambiental.

IVC- Instituto Viva o Cachoeira, lutando para defender, preservar, conservar, e recuperar o Rio Cachoeira!
Daniela Lima

terça-feira, 4 de agosto de 2009

IVC denuncia possível crime ambiental no Rio Cachoeira em Joinville/SC

Na manhã de hoje o IVC-Instituto Viva o Cachoeira constatou e denunciou à Fundema o despejo colorido, quente e fétido lançado por uma indústria no Rio Cachoeira na área central de Joinville/SC, o fato mais impressionante desta história foi que justamente na tubulação que despejava tal líquido estava o Jacaré Fritz que vive há mais de 10 anos no rio.
O fiscal da Fundema teve que enfrentar o animal para realizar a coleta, simplesmente porque ele estava aproveitando o líquido quente, já que é um animal ectotérmico (e utiliza de fontes externas de calor para sua termorregulação) e nestes dias de frio, ele estava usando o despejo para se aquecer.

Fiscal da Fundema realizando a coleta próximo ao jacaré.

É o cúmulo que um animal tenha que usar destas estratégias para sobreviver naquele ambiente, a imprensa da cidade foi acionada e cobriu todo o flagrante.


Assista aos vídeos do flagrante na Galeria do Instituto Viva o Cachoeira no Flickr, clique no link a seguir e confira FLAGRANTE DE Possível CRIME AMBIENTAL .
Nós do IVC, aguardarmos o parecer da Fundema para toda a comunidade.

Daniela Lima

Leia mais: Morte ao Jacaré?

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Expresse sua opinião para a WSPA...

Recebi o informativo via email da WSPA e estou divulgando, esta instituição está realizando uma pesquisa para os próximos planejamentos de ações em defesa dos animais, tire um tempinho e responda:

A Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) é a maior federação de organizações de bem-estar animal. Através de parcerias com mais de mil ONGs afiliadas, lutamos para criar um mundo onde o bem-estar animal importe e os maus-tratos contra os animais tenham fim. Apoiamos e desenvolvemos campanhas públicas, projetos com embasamento científico e iniciativas inovadoras em educação. Com nossas afiliadas, governo e agências internacionais, também auxiliamos animais em regiões afetadas por desastres.
Neste momento estamos revisando nossas áreas de ação para determinar nosso foco para os próximos anos afim de que possamos melhorar a vida dos animais vítimas de maus-tratos. O processo inclui áreas de trabalho atuais, assim como novas.
Suas opiniões são muito importantes para este planejamento e nós agradeceríamos muito se você tomasse alguns minutos do seu tempo para ajudar, clique aqui: completar essa pesquisa. >>
Antonio Augusto Silva
Diretor WSPA Brasil
Contribua!
Daniela Lima

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Divulgando...

Para interessados de Joinville e região a Dra. Ana Cristina Casara estará ministrando o curso de 12h sobre Legislação Ambiental do Clima e Créditos de Carbono.
Participei da palestra com ela, gostei muito, achei esclarecedora, não sei se poderei participar, pois viajarei em julho, então falta $$$$, porém recomendo.

domingo, 17 de maio de 2009

Impressões da Palestra sobre Créditos de Carbono...

Na quinta passada assisti a palestra Exposição do Clima e Legislação Ambiental, a qual havia divulgado em um post, cheguei do trabalho, e saí corrida para não me atrasar, mas, me atrasei alguns minutos, bem, não perdi muita coisa, pois a parte introdutória já era de meu conhecimento, inclusive escrevi sobre o tema no post Discutindo as Causas do Aquecimento Global. O que eu não conhecia e ficou mais claro após a palestra foram os mecanismos para obter os créditos de carbono.
A obtenção dos RCEs (reduções certificadas de emissões) não é fácil, engloba muitas etapas no projeto de MDL- Mecanismo de desenvolvimento limpo:
1- Concepção do projeto (preparo da Nota de Idéia do Projeto)
2- Preparo do documento de concepção do projeto (DCP)-deverá conter todas as intenções e períodos.
3- Validação-processo de avaliação dos requeridos.
4- Obtenção da aprovação do país anfitrião - análise da participação voluntária das partes e da contribuíção para o Desenvolvimento Sustentável.
5- Registro - pelo conselho executivo.
6- Implementação do projeto
7- Monitoramento - participantes do projeto
8- Verificação e certificação - auditoria

9- Emissão dos RCEs (
créditos de carbono) - final, dada a certeza de redução do efeito estufa.
O cumprimento de todos essas etapas e rquisitos, leva no mínimo 2 anos e dois meses.
Tipos de projeto para obtenção de RCEs: Captura de gás em aterro sanitário, tratamento de dejetos suínos e reaproveitamento de biogás, troca de combustível, geração de energia por fontes renováveis (biomassa, energia eólica, pequenas e médias hidroelétricas), energia solar,Compostagem de resíduos sólidos urbanos, geração de metano a partir de resíduos orgânicas (biogasificação).
É importante salientar, que o MDL é suplementar as ações domésticas dos países que também devem implementar redução da emissão dos gases estufa e não somente comprar créditos.
Acho que deveriam ser colocados como projetos para obtenção de RCEs os programas de Proteção de áreas de florestas que atualmente não são considerados projetos MDL e portanto não podem requerer RCEs.
Na minha opinião esta ação ajudaria e muito a redução dos desmatamentos e queimadas na Amazônia para obtenção de madeira e pastagens, pois o comércio dos créditos competiria diretamente com estas atividades, sendo um grande benefício pois o único investimento seria na segurança e vigilância das áreas, enquanto a pecuária por exemplo requer mais trabalho.
A Dra Ana Cristina, que ministrou a palestra, tem a mesma opinião. Os próximos acordos devem repensar isso!
Daniela Lima
Realização do Evento pela Jotah Comunicação, aguardo e divulgarei as novidades promovidas pela empresa.
contato@jotahcomunicacao.com.br
comercial@jotahcomunicacao.com.br
MSN:contatojotah@hotmail.com

segunda-feira, 11 de maio de 2009

EXPOSIÇÃO - Legislação Ambiental do Clima e Créditos de Carbono‏

Créditos de Carbono são certificados que autorizam o direito de poluir. O princípio é simples. As agências de proteção ambiental reguladoras emitem certificados autorizando emissões de toneladas de dióxido de enxofre, monóxido de carbono e outros gases poluentes. Inicialmente, selecionam-se indústrias que mais poluem no País e a partir daí são estabelecidas metas para a redução de suas emissões. A empresas recebem bônus negociáveis na proporção de suas responsabilidades. Cada bônus, cotado em dólares, equivale a uma tonelada de poluentes. Quem não cumpre as metas de redução progressiva estabelecidas por lei, tem que comprar certificados das empresas mais bem sucedidas. O sistema tem a vantagem de permitir que cada empresa estabeleça seu próprio ritmo de adequação às leis ambientais. Estes certificados podem ser comercializados através das Bolsas de Valores e de Mercadorias (Fonte ambientebrasil).
Na definição citada acima sobre créditos de carbono, não me agradou a parte que relata o seguinte: certificados que dão o direito de poluir. Poluir é direito? Quer dizer que basta comprar certificados e está tudo bem?
Recebi este convite de uma palestra sobre o tema estou divulgando para os interessados de Joinville e Região, clique na imagem para ampliar e ter mais informações.
Acho que devemos saber mais de como funciona este "comércio" dos créditos de carbono, e dessa forma interagir melhor com o processo.

Informação é tudo!!
DanielaLima

sexta-feira, 24 de abril de 2009

MATA CILIAR x Código Ambiental de Santa Catarina

O código Código Ambiental de Santa Catarina tem sido um assunto causador de muita polêmica em todo o Brasil, e entre toda essa confusão na mudança do código o que me deixou chocada foi a diminuição proposta pelo governo do estado das faixas de mata ciliar, mas O QUE É MATA CILIAR? QUAL A IMPORTÂNCIA DELA?
A mata ciliar é um conjunto de ávores e arbustos, a vegetação em geral que fica nas margens dos cursos d'água. Seu nome se origina da palavra cílios, isso mesmo, os cílios protegem nossos olhos da poeira ciscos. Já a função da mata ciliar é proteger as margens dos rios da erosão e desmoronamentos causados principalmente pelas chuvas, impedindo assim o assoreamento que vem a ser o processo de elevação de uma superfície, pela deposição de sedimentos, evitando assim que os rios fiquem cada vez mais rasos, sequem ou inundem por qualquer chuva.
O código florestal brasileiro classifica as matas ciliares como ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE e estabelece diferentes faixas de proteção, dependendo da largura do rio:
1- Para cursos d'água com menos de 10m de largura, a mata ciliar deve ser de 30m para cada lado.
2- Nos cursos d'água que tem de 10 a 50m a faixa deve ser de 50m para cada lado.
3- Para os cursos d'água entre 50 a 200m de largura, a proteção deve ser de 100m.
4- Nos cursos d'água de 200 a 600m de largura, a faixa é de 200m.
5- Nos cursos d'água com largura superior a 600m, a faixa é de 500m para cada lado.
6- Nas nascentes ainda que interminentes, e nos chamados "olhos d'água, a mata ciliar deve estar presente numa raio de 50m de largura.
A lei que protege a mata ciliar vale tanto para as zonas rurais quanto para as urbanas.
Agora veja o que o governo de Santa Catarina prevê modificando o código ambiental para o estado , DIMINUIR de 30 para 5 metros das áreas de proteção das matas ciliares e de 50 para 10 metros da área de preservação das nascentes fluviais!!!!
Considero isso, retroceder no tempo, e um descaso muito grande com o recurso natural mais importante do planeta que permitiu que houvesse vida na Terra, ÁGUA, a cobertura vegetal é a melhor amiga do rios, preservar e manter áreas verdes é garantir o bom funcionamento do ciclo d'água e a proteção dos rios!!
O procurador-geral do Estado, Sadi Lima, disse que não existe inconstitucionalidade no Código e Santa Catarina tem total condição de legislar conforme suas características ambientais. "Digamos" que não exista insconstitucionalidade pela lei, mas vejo como imoral, e temo as consequências disso tudo.
Quem realmente será beneficiado com essa lei? Sei que o estado precisa crescer, mas é necessário um desgaste ambiental tão grande para isso? Cadê as políticas de desenvolvimento sustentável?
O Código Ambiental de Santa Catarina foi aprovado pelos deputados catarinenses no dia 31 de março deste ano e promulgado pelo governador Luiz Henrique da Silveira no dia 13 deste mês.
Acredito que nenhum dos senhores deputados e muito menos o governador do estado sofreram com as enchentes e desmoronamentos de terra, com a TRAGÉDIA ACONTECIDA NO ESTADO não faz muito tempo, onde o próprio governador sobrevoando as áreas atingidas falou espantado:
- Os morros estão derretendo!!!!!!
POR QUE SERÁ?
O STF-Supremo Tribunal Federal deverá julgar pelo menos três Ações Diretas de Inconstitucionalidade, duas delas, uma do Partido verde (SC) e outra do Ministério Público (SC), protocoladas sob o argumento de que o novo código catarinense representa "dano de extensão incalculável aos cidadãos e ao meio ambiente", exigindo que seja mantida a obediência à Lei Federal, a qual código catarinense contraria vários dispositivos, inclusive o Código Florestal Brasileiro".

Daniela Lima
Catarinense, catarina, barriga verde, preocupada com o desenrolar desta história.

terça-feira, 10 de março de 2009

CAPíTULO V - DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE

Os animais silvestres são protegidos pela legislação brasileira dos crimes contra o meio ambiente, fique esperto e denuncie caso saiba de qualquer irregularidade!

SEÇÃO I - Dos Crimes contra a Fauna

Art 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.


§ 1º Incorre nas mesmas penas:
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida;
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizadas ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.

§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.

§ 3º São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratória e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras.

§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da infração;
II - em período proibido à caça;
III - durante a noite;
IV - com abuso de licença;
V - em unidade de conservação;
VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.

§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional;

§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca. Art 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autorização da autoridade ambiental competente:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.

Art 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida por autoridade competente:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Os animais da fauna brasileira na foto são confeccionados, esculpidos em madeira pelos Índios Guarani que moram em Araquari/SC, infelizmente é um povo esquecido que vive em condíções péssimas e sobrevivem dessa forma, mas isto é matéria para outra postagem!

Devemos ser a mudança que queremos ver!

Daniela Lima
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