domingo, 17 de maio de 2009

Impressões da Palestra sobre Créditos de Carbono...

Na quinta passada assisti a palestra Exposição do Clima e Legislação Ambiental, a qual havia divulgado em um post, cheguei do trabalho, e saí corrida para não me atrasar, mas, me atrasei alguns minutos, bem, não perdi muita coisa, pois a parte introdutória já era de meu conhecimento, inclusive escrevi sobre o tema no post Discutindo as Causas do Aquecimento Global. O que eu não conhecia e ficou mais claro após a palestra foram os mecanismos para obter os créditos de carbono.
A obtenção dos RCEs (reduções certificadas de emissões) não é fácil, engloba muitas etapas no projeto de MDL- Mecanismo de desenvolvimento limpo:
1- Concepção do projeto (preparo da Nota de Idéia do Projeto)
2- Preparo do documento de concepção do projeto (DCP)-deverá conter todas as intenções e períodos.
3- Validação-processo de avaliação dos requeridos.
4- Obtenção da aprovação do país anfitrião - análise da participação voluntária das partes e da contribuíção para o Desenvolvimento Sustentável.
5- Registro - pelo conselho executivo.
6- Implementação do projeto
7- Monitoramento - participantes do projeto
8- Verificação e certificação - auditoria

9- Emissão dos RCEs (
créditos de carbono) - final, dada a certeza de redução do efeito estufa.
O cumprimento de todos essas etapas e rquisitos, leva no mínimo 2 anos e dois meses.
Tipos de projeto para obtenção de RCEs: Captura de gás em aterro sanitário, tratamento de dejetos suínos e reaproveitamento de biogás, troca de combustível, geração de energia por fontes renováveis (biomassa, energia eólica, pequenas e médias hidroelétricas), energia solar,Compostagem de resíduos sólidos urbanos, geração de metano a partir de resíduos orgânicas (biogasificação).
É importante salientar, que o MDL é suplementar as ações domésticas dos países que também devem implementar redução da emissão dos gases estufa e não somente comprar créditos.
Acho que deveriam ser colocados como projetos para obtenção de RCEs os programas de Proteção de áreas de florestas que atualmente não são considerados projetos MDL e portanto não podem requerer RCEs.
Na minha opinião esta ação ajudaria e muito a redução dos desmatamentos e queimadas na Amazônia para obtenção de madeira e pastagens, pois o comércio dos créditos competiria diretamente com estas atividades, sendo um grande benefício pois o único investimento seria na segurança e vigilância das áreas, enquanto a pecuária por exemplo requer mais trabalho.
A Dra Ana Cristina, que ministrou a palestra, tem a mesma opinião. Os próximos acordos devem repensar isso!
Daniela Lima
Realização do Evento pela Jotah Comunicação, aguardo e divulgarei as novidades promovidas pela empresa.
contato@jotahcomunicacao.com.br
comercial@jotahcomunicacao.com.br
MSN:contatojotah@hotmail.com

7 comentários:

CANTO EN FLOR disse...

Hola Dani!
El reto será diseñar proyectos que cumplan con los requisitos para el otorgamiento de los RCEs; para ello se requiere de gente preparada que conozca de aspectos ambientales y de salud así como de técnicas y métodos para la elaboración del mismo, que incluyan mecanismos de seguimiento y valoración...
Felicidades por tu participación en el evento!

Anônimo disse...

dani, achei meio burocratico, nao acha? pode levar à desistencia . . .
ahh,mas eh bom mesmo! soh acho q nao deveria demorar tanto. afinal, nao temos tanto tempo assim para concertar o q temos feito ao planeta

Anônimo disse...

Como já disse, acho muito interessante o processo de obtenção de RCE, como é novo, ainda está evoluindo. Parabéns.

Mimirabolante disse...

vim só dar um alo e mtas bjcas........

Eduardo Miguel disse...

Olá Dani!!! vivo uma situação ambígua e explico por que! fico feliz por mesmo tendo como atividade a transformação de resíduo em arte predominando a utilização de madeira não há a queima da sobra(lixo ou sub resíduo) que será reaproveitado de duas maneiras A)nova utilização em produtos menores ou B)conduzido á uma composteira, o "composto" empregado em um viveiro experimental, nele plantio de árvores nativas e em processo de extinção pela extração desenfreada, entre elas Pau Brasil, Mogno, Cedro Rosa, Pinho Bravo e Canjarana entre outras, ora veja além de não poluir ou causar qualquer tipo de impacto ambiental ainda faço a captura o sequestro do carbono emitido popr outros e ninguém nem se interessa pela questão, todas as instituições e empresas especializadas ou até o governo e a legislação todos só comtemplam apenas os CNPJs nunca os CPFs só pessoa jurídica nunca pessoa física e veja quantas empresas temos no Brasil??? compare com o número de pessoas! por que não contemplar e favorece-lo também de forma a incentiva-los a também dispertar em outros ajudando a replicar e aperfeiçoar estas práticas simples mas eficientes, por que??? veja não estou procurando pelo em ovo é que as vêzes fico dois ou até tres dias por semana agachado produzindo e cuidando de mudas que tem um valor finaceiro e muito baixo se comparado com o preço da arte que consigo produzir durante aquele mesmo tempo empregado, pergunta por que persistir então nesta prática? pois é pura ideolôgia talvez mas até quando vou consegui-lo é a questão em um cenário aparentemente pouco favorável á quem procura fazer sua parte e bem feito é claro!!! pois bem estamos caminhando ainda bem porém vejo que há muito por fazer, espero que por ser uma especialista no assunto um dia de alguma forma se puder ajude este processo levando a baila o assunto em foruns e eventos específicos para discussão apropriada, enquanto isso vamos lá, adiante e sempre da melhor forma possível, beijos e sucesso, grato pela oportunidade.

A Cidade Icapuí disse...

Daniela...

Quando se trata de proteção ao meio ambiente,os menos interessados nisso dão sempre um jeitinho de dificultar as coisas. Essa parece ser uma guerra infinita,onde de um lado estão os super armados donos do desenvolvimento econômico a qualquer custo, e do outro, nós: pobres defensores da natureza, munidos apenas da força de vontade e do desejo maternal de proteger nosso planeta...

Abraços e força sempre!

Daniela Lima disse...

Alejandra, as empresas que iniciam os projetos MDL devem contar sim com profissionais preparados e habilitados para atender todos os requisitos, é necessário uma maior transparência nestas ações para assegurar a redução das emissões de gases estufa nas auditorias de certificação dos RCEs.

Monique, que bom que você apareceu, obrigada pela visita!

Eduardo, como disse, devem ser repensados os tipos de MDL e pessoas como você, devem sim ser contempladas e merecer os RCEs, principalmente pela preocupação em manter áreas preservadas, o cuidado com o descarte e reaproveitamento. Se os RCEs fossem emitidos para esse trabalho, queimadas e desmatamentos para pecuária e extração de madeira,na minha opinião seriam reduzidos, pois o investimento para preservação seria bem menor do que os custos com agricultura e pecuária e os benefícios seriam incalculáveis, para o sistema como um todo. Os proprietários poderiam usar pessoas da região para vigiar e garantir a segurança da área e assim dar um fonte de renda a elas, já existem projetos para remuneração deste serviço, acho algo valioso, mas se os proprietários das áreas tb não forem beneficiados e pagarem mais para as pessoas derrubarem árvores, qual seria a escolha delas? Em breve haverá uma nova conferência sobre os créditos de carbono e espero que se contemple as áreas de preservação permanente.

Junior, o processo é bem burocrático e demorado pois o cumprimento de todas as etapas garante que a empresa está disposta e atenta para as reduções de gases estufas, uma empresa que batalha e se dispoe no cumprimento de todos os requisitos mesmo com a demora é porque realmente tem intenção de alcançar esse objetivo, o rigor é válido para o sucesso do MDL.

Escalofabético, como os RCEs como vc disse, pode ser considerado novo, sua evolução e reformulação devem ocorrer e outras questões sobre o assunto devem sim ser repensadas.

CJS, é real, o econômico e lucro sempre vem antes, como já disse deve-se ampliar as opções de MDL, para as áreas preservadas, para que assim os proprietários possam negociar seu créditos de carbono.
Lembrando, MDL é suplementar cada empresa, país devem reduzir o máximo suas emissões.

Grata pela presença e participação de todos vcs!!

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